sexta-feira, 19 de julho de 2013

INSTANTÂNEOS - VI


A etapa iniciara-se há minutos, o percurso era plano em estrada pouco frequentada, a boa disposição imperava a julgar pelas brejeirices que a (quase) todos contagiava. Ele era o bastão de peregrino do Zé Manel, aqui convenientemente chamado de pau que tinha a ponta escura, o Xquim que usava o pau para não lhe inchar as mãos, a Paula que era muito criativa, ou seja que era boa para a criação (aí estão os gémeos que o comprovam)…

A brejeirice foi quebrada pela Benvinda quando chamou a atenção para o cemitério, para o aspecto bem arranjado dos canteiros onde despontavam lindas rosas, gerberas, gladíolos, cravos, tulipas, e também para a alvura das suas paredes, muito bem caiadas e limpas.
Zé Manel fez jus à sua fama no que toca a tiradas humorísticas e em tom de voz a atirar para o cavernoso, desmanchou:

- Não te deixes enganar, rapariga, porque do lado de dentro dessas paredes tão branquinhas…é só podridão!

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