segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

INSTANTÂNEOS – I



Santuário de Fátima, outubro de 2012. Concluída a ultima de 4 etapas desde Castelo Branco, visita à Igreja da Santíssima Trindade, acabadinha de ser agraciada com o título de Basílica menor. O grupo tinha-se subdividido em pequenos grupos, discretamente espalhados na grandiosa nave de 125 metros de diâmetro do monumento. Lá mesmo à frente, nas primeiras filas, Carlos Matos, Inserme e Zé Manel teciam considerações sobre a qualidade e quantidade da iconografia do templo. Em geral, todas as ditas considerações eram pouco ou nada fundamentadas, diga-se, em abono da verdade: Inserme, na qualidade de antigo seminarista, tentava encontrar significado na miríade de imagens no mosaico que cobre todo o fundo do presbitério; Carlos Matos, do alto da sua cátedra de artista plástico opinava sobre as complexas técnicas utilizadas na sua execução; Zé Manel, veterano enfermeiro, olhava fixamente para o enorme crucifixo suspenso sobre o altar. Calou os outros dois quando soltou:
- Já reparásteis bem no joelho direito do Cristo? Aquilo está cheio de líquido.

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