terça-feira, 8 de abril de 2014

Diário de Caminhada - ETAPA XVII: Goães - Ponte de Lima

Diário de Caminhada - ETAPA XVII: Goães – Ponte de Lima

“Da nossa casa a Santiago de Compostela”,

Etapa XVII: Goães – Ponte de Lima
26 de Janeiro de 2014, domingo

Caminhantes: Anselmo, Benvinda Monteiro, Carlos Matos, Elsa Maia, Fernando Gaspar, Fernando Micaelo, Guida Mendes, Jaime Matos, Joaquim Branco, Paula Marques, Piedade, Raul Maia, São Branco, Zé Manel Machado.

Sinopse:

Inicio em Goães: 08:20 horas
Chegada a Ponte de Lima: 13:30 horas
Distância percorrida: 16,5 km
Tempo total de caminhada: 05:10 horas
Tempo parado: 01:00 horas
Velocidade média: 4,3 Km/h


Povoados e locais de referência ao longo do percurso: Goães, Ponte Pedrinha (sobre o Neiva), Casas Novas, Queijada, Ponte de Lima.


Acumulado:
Caminho: 401,2 Km
Bacias hidrográficas: Tejo, Zêzere, Mondego, Távora, Varosa, Douro, Tâmega, Vizela/Ave, Cávado, Neiva, Lima.
Distritos: Castelo Branco, Guarda, Viseu, Vila Real, Porto, Braga; Viana do Castelo.
Concelhos: Castelo Branco, Fundão, Covilhã, Belmonte, Manteigas, Guarda, Celorico da Beira, Trancoso, Aguiar da Beira, Sernancelhe, Moimenta da Beira, Tarouca, Lamego, Peso da Régua, Mesão Frio, Baião, Amarante, Felgueiras, Fafe, Guimarães, Braga, Vila Verde, Ponte de Lima.

Fonte: GPS de Joaquim Branco
(ver track aqui)


Toque de alvorada às sete. As tropas apresentam-se com o moral elevado. Está fresco mas não chove, a visibilidade é de mais de 10 quilómetros. Tudo arrumadinho, as chaves do albergue foram dissimuladas no sítio combinado, foto para memória futura, e ala vereda abaixo pela medieval ponte pedrinha sobre o rio Neiva. Logo ali se percebeu que o Minho, mascarado desde a Lixa, estava de volta. Finalmente, o Minho antigo, o Minho das fotografias: paisagem campestre, prados verdes, floresta frondosa, veredas estreitas, riachos de águas rápidas. A água brota por todo o lado, boicotando o caminho. Os peregrinos agradecem, é deste caminho de pedras desordenadas que eles gostam, é esta banda sonora composta pela água corrente e pelo vento sibilante que eles apreciam. Alegremente enlameiam as botas, dançam pelo caminho feito ribeira, saltitando sobre pedras e tufos de erva, cruzam “pomares” de choupos altos, muito empinados e alinhados.









Portugal está pejado de localidades com nomes curiosos, podendo incluir-se na lista “angulo 40”, assim mesmo em numeral, pertencente à freguesia de Goães. Passagem por Casas Novas, pequeno-almoço em Queijadas, com a mesa habitual (ver cardápio na etapa XVI). As setas amarelas guiaram-nos até Fornelos, onde houve lugar a reforço de malguinha de verde tinto e branco, logo após cruzarmos a A3 por baixo. A entrada em Ponte de Lima faz-se ao lado do campo de golfe. Saudação a D. Teresa, progenitora do nosso primeiro Afonso.
Fim de etapa junto à matriz, 13 horas.

Tempo para desfrutar, ainda que ao de leve, das belezas arquitectónicas de Ponte de Lima, a primeira vila portuguesa, com foral da nossa avó D. Teresa, nos idos de 1125. A vila abarrotava de gente concentrada na famosa ponte e imediações a mirar o rio, a apreciar as admiráveis esculturas em homenagem aos trabalhadores do campo e ao folclore, ou a tirar fotos agarrados aos cornos da vaca das cordas, enfim a admirar o rico património desta tão ilustre e antiga urbe. Neste fim de semana, acumulava a categoria de antiga com a de vila dos namorados: era dia de feira na Expolima, uma nova edição de qualquer coisa parecida com “Verde Noivos” dedicada ao negócio do santo sacramento do matrimónio, o que, parece, a nenhum peregrino interessou.




Almoço farto e bem regado com o inevitável verde, viagem tranquila rumo a sul até à cidade albicastrense, satisfeitos por mais uma agradável jornada. Na próxima, queremos conferir as águas do rio Minho em Valença.

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